quarta-feira, 8 de junho de 2011

Minicurso de Formação Francisclariano dos Documentos da Ordem Franciscana Secular e Sua Espiritualidade

A Ordem Franciscana Secular - OFS da Região Norte 1 (AM/ AC/ RR), encerrará no mês de julho o presente Minicurso que consistiu em embasar os irmãos e irmãs formadores (as) para que possam direcionar os irmãos no bom vivenciamento com mais fidelidade os votos que professamos e uma forma de estarmos sempre mais ajudando nossas Fraternidades em sua caminhada Franciscana.


para mim fica a sensação de dever cumprido.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O FRANCISCANISMO E A ECOLOGIA: UM CARISMA QUE NORTEIA.



O Carisma Franciscano transcorre praticamente em três linhas: o Fraternismo, a Ecologia e a Espiritualidade; por esta razão somos impelidos a refletir sobre o seguimento deste carisma, o que gera o seguinte questionamento: se está sendo verdadeiramente seguido tal carisma, ou se está adaptando-o ao desejo pessoal de como queria-se que este fosse?

Em suma a realidade atual mostra que muitos “Franciscanos” vivenciam o carisma a sua maneira e não como este é em essência, tal fato gera uma perda substancial de identidade religiosa.

Para rompermos com isso é preciso coragem e desejo de mudança para viver como quis nosso Pai Seráfico, precisamos voltar as raízes e repensarmos o nosso estilo de vida atual, neste sentido urge a necessidade de se ter um olhar singelo e puro como o de São Francisco de Assis para que humildemente sejamos capazes de ver o Cristo em tudo e em todos.

Uma vez que Deus é uma entidade espiritual transcendente que em essência habita em tudo, se portanto Deus é o todo imanente devemos contemplá-lo e amá-lo em suas diversas personificações humanísticas e ecológica.

Neste sentido o carisma Franciscano inspira-nos um amor a criação e nos impele a lutar pela defesa desta. Como São Francisco de Assis somos também nós chamados a fazer da nossa vida uma doação, principalmente nesta imensa Amazônia.

Lutar pela defesa ecológica amazonida é antes de mais nada assumir a missionariedade franciscana e um tomar parte no retorno necessário as raízes do carisma, que tem a graça de ser o único a nortear a questão ecológica.

Portanto, precisa-se de coragem para que a exemplo do Nosso Pai Seráfico São Francisco de Assis sejamos capazes de fazer a nossa parte nos dias de hoje, pois não fizemos nada ou quase nada.

Ir. Marcelo Saraiva Gomes, OFS

Técnico em Meio Ambiente – CREA-AM 16258

quarta-feira, 10 de novembro de 2010



1. SANEAMENTO AMBIENTAL

É o conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar Salubridade Ambiental, por meio de abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária de uso do solo, drenagem urbana, controle de doenças transmissíveis e demais serviços e obras especializadas, com a finalidade de proteger e melhorar as condições de vida urbana e rural.


2. SALUBRIDADE AMBIENTAL

É o estado de higidez em que vive a população urbana e rural, tanto no que se refere a sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de endemias ou epidemias veiculadas pelo meio ambiente, como no tocante ao seu potencial de promover o aperfeiçoamento de condições mesológicas favoráveis ao pleno gozo de saúde e bem-estar.


3. OS SISTEMAS AMBIENTAIS

A poluição do meio ambiente é assunto de interesse público em todas as partes do mundo. Não apenas os países desenvolvidos vêm sendo afetados pelos problemas ambientais, como também os países em desenvolvimento. Isso decorre de um rápido crescimento econômico associado à exploração de recursos naturais. Questões como: aquecimento da temperatura da terra; perda da biodiversidade; destruição da camada de ozônio; contaminação ou exploração excessiva dos recursos dos oceanos; a escassez ausência de saneamento básico; a degradação dos solos agricultáveis e a destinação dos resíduos (lixo), são de suma importância para a humanidade.
Ao lado de todos esses problemas estão, ainda, os processos de produção utilizados para extrair matérias-primas e para transformá-las numa multiplicidade de produtos para fins de consumo em escala internacional. Embora se registrem progressos no setor das técnicas de controle da poluição, para diversos campos da industria de extração e transformação, é preciso reconhecer que não há métodos que propiciem um controle absoluto da poluição industrial.
As considerações econômicas exercem um grande papel quando se trata de definir a melhor tecnologia disponível, que até certo ponto é influenciada por fatores relativamente independentes das necessidades de controle da poluição. Existem indícios, por exemplo, de que muitas empresas de grande porte tendem a se transferir para áreas sem padrões rígidos de controle, instalando-se em países em desenvolvimento que, na busca de investimentos econômicos, aceitam a poluição como um mal necessário .
Os grandes problemas ambientais ultrapassam as fronteiras territoriais e devem ser tratados de forma global, pois afetam a vida de todos no planeta. Daí se explica por que países mais desenvolvidos colocam barreiras à importação de produtos resultantes de processos prejudiciais ao meio ambiente.
A ONU vem fazendo um esforço no sentido de reverter o processo acelerado de degradação dos recursos naturais no mundo, que também tem como causas à explosão demográfica e as precárias condições de vida de grande parte da população.
Mais de um bilhão de habitantes da terra não têm acesso à habitação segura e serviços básicos de saneamento como: abastecimento de água, rede de esgotamento sanitário e coleta de lixo. A falta de todos esses serviços, além de altos riscos para a saúde, são fatores que contribuem para a degradação do meio ambiente.
A situação exposta se verifica especialmente nos cinturões de miséria das grandes cidades, onde se aglomeram multidões em espaços mínimos de precária higiene. Estudos do Banco Mundial (1993) estimaram que o ambiente doméstico inadequado é responsável por quase 30% da ocorrência de doenças nos países em desenvolvimentos. O quadro a seguir ilustra a situação.


Quadro1 – Estimativa do impacto da doença devido à precariedade do ambiente doméstico nos países em desenvolvimento.



Fonte: Banco Mundial, 1993.


Outro problema relacionado à poluição do mar causada pelos despejos de rejeitos tóxicos e materiais assemelhados e o escoamento de águas poluídas dos continentes, aumenta de progressiva no mundo inteiro. Tudo isso, aliado ao excesso de pesca, está levando ao declínio diversas zonas pesqueiras regionais.
A extinção de espécies vivas e de ecossistemas, conhecidas como biodiversidade, também é um grave e irreversível problema global. Segundo estimativas conservadoras, existem entre cinco e dez milhões de espécies de organismos no mundo; mas há quem calcule até 30 milhões. Dessas, somente 1,7 milhão foram identificadas pelo homem.
De 74% a 86% das espécies vivem em florestas tropicais úmidas como Amazônia. Acredita-se que entre 20% e 50% das espécies estarão extintas até o final do século em razão da destruição das florestas e dos santuários ecológicos situados nas ilhas.
Como podemos verificar a atividade humana gera impactos ambientais que repercutem nos meios fisicos, biológicos e socioeconômicos afetando os recursos naturais e a saúde humana. Esses impactos se fazem sentir nas águas, ar e solo e na própria atividade humana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



BARROS, R. T. V. et al. Saneamento. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995. 221 p. (Manual de Saneamento e proteção Ambiental para os Municípios, 2).


BIO – Revista Brasileira de Saneamento e Meio Ambiente, v. 9, n. 6/7, 1998.


BRAILE, P. M. CAVALCANTI, J. E. W. Manual de tratamento de águas residuárias industriais. São Paulo: Cetesb, 1979. P. 764.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Objetivos da Qualidade Ambiental

1 - PRODUTIVIDADE FABRIL CUMPRIMENTO DA PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO (META: 90%)
2 - CRESCIMENTO NO FATURAMENTO CRESCIMENTO COM BASE NO ANO ANTERIOR (META: 35%)
3 - PROJETO E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS LANÇAMENTO DE PRODUTOS PLANEJADOS PARA O ANO CORRENTE (META: 100%)
4 - PROJETO DE GESTÃO AMBIENTAL CUMPRIMENTO DAS AÇÕES PLANEJADAS NO PROJETO (META: 90%)
5 - PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL CUMPRIMENTO DAS AÇÕES PLANEJADAS NO PROJETO (META: 90%)
6 - ATENDIMENTO À MATRIZ DE COMPETÊNCIA CUMPRIMENTO DA MATRIZ DE COMPETÊNCIA (META: 85%)
7 - SATISFAÇÃO DO CLIENTE INTERNO E EXTERNO ATINGIMENTO DO ÍNDICE DE SATISFAÇÃO (META: 85%)
8 - ATENDIMENTO AOS REQUISITOS LEGAIS CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS (META: 100%)

A Série de Normas ISO 14000




A ISO 14000 é a norma através da qual, as empresas ou interessados se autodeclararão em conformidade ou buscarão certificação junto a terceiros. A norma descreve os requisitos básicos de um Sistema de Gestão Ambiental.

O principal uso da ISO 14000 é a certificação junto a uma terceira entidade, embora ela possa ser usada internamente com finalidades de autodeclaração e para o atendimento a demandas específicas. O principal uso, hoje em dia, esta na certificação junto a terceiros, o que faz com que a ISO 14000 contenha apenas as exigências que podem ser objeto de auditoria, com o objetivo de certificação e/ ou de autodeclaração.

A ISO 14000 tem os seguintes termos e definições básicas:



Organização
É mencionada como "uma empresa, corporação, firma, empreendimento, instituição e partes ou combinações destas, mesmo que não pertençam à mesma razão social públicas e privadas, que tenham sua própria função e administração". Cláusula 3.12 da ISO 14001(1996)

Meio ambiente
É definido como os "arredores"no qual uma organização opera, incluindo "ar, água, terra, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações." O meio ambiente se alonga do interior da organização até o sistema global.

Aspecto ambiental
É definido como um elemento da atividade produtos e/ou serviços de uma organização que possa, interagir com o meio ambiente. Fica a cargo da organização identificar os aspectos ambientais de seus produtos, processos e serviços ao estabelecer um Sistema de Gestão Ambiental

Impacto ambiental
Qualquer mudança no ambiente, seja adversa ou benéfica, resultante total ou parcialmente das atividades, produtos e/ ou serviços de uma organização.

Sistema de Gestão Ambiental
Parte do sistema total que inclui a estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, alcançar, proceder à avaliação crítica e manter as políticas ambientais.

Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental


Processo de verificação sistemático e documentado para obter e avaliar objetivamente evidências para determinar se o Sistema de Gestão Ambiental de uma organização está em conformidade com os critérios de auditoria formados pela própria organização.

Desempenho ambiental
Refere-se a resultados mensuráveis do Sistema de Gestão Ambiental, relacionados com o controle dos aspectos ambientais de uma organização baseados em suas políticas, objetivos e alvos ambientais.

Melhorias contínuas


dizem respeito ao processo de aperfeiçoar o Sistema de Gestão Ambiental para atingir melhorias no desempenho ambiental total em alinhamento com as políticas da organização.


Quadro 01 – Definições básicas – ISO 14000.

Fonte: ISO 14000 (1996).



2.2.1. ISO 14.000 – conceitos gerais
O Sistema de Gestão Ambiental descrito na ISO 14000 aplica-se a aspectos ambientais de forma que a organização possa controlar e sobre os quais espera-se que tenha influência, sendo que a norma em si não declara critérios específicos de desempenho ambiental.

As empresas e entes de vários segmentos buscam alcançar e demonstrar desempenho ambiental eficaz. Uma das maneiras de fazê-lo, é controlando os impactos ambientais de suas atividades, produtos e/ ou serviços. As auditorias e análises críticas do meio ambiente auxiliam a encontrar e mensurar para a obtenção e manutenção dos objetivos previstos, contudo, mesmo sendo essas ferramentas úteis, não são suficientes ou completas em abrangência. Para que a organização possa efetivamente atender aos seus objetivos, as auditorias devem fazer parte de um contexto de trabalho mais amplo – um sistema de gerenciamento estruturado que seja integrado com a atividade de gerência total.

Uma certificação ISO 14000 não garante que uma empresa ou ente em particular, alcance o melhor desempenho ambiental possível. Ela somente atesta que foram instalados os elementos básicos de um sistema de gestão ambiental. As melhorias contínuas a que se faz referência na norma reportam-se a melhorias continuas no sistema gerencial, e não no desempenho ambiental diretamente.

A finalidade principal de um sistema de gestão ambiental é a de fornecer a uma organização um processo estruturado e um contexto de trabalho com os quais ela possa alcançar e controlar sistematicamente o nível de desempenho ambiental que estabelecer para si. O nível real de desempenho, os sucessos e o resultado em relação a todo o entorno, depende do contexto econômico, da regulamentação e de outras circunstancias que impactam direta e indiretamente o processo.

Quadro 02 - Requisitos da ISO 14000

REQUISITOS
Descrição

Compromisso e política
Fase em que a organização define uma política ambiental e assegura seu comprometimento com ela.



Planejamento
Fase em que organização formula um plano que satisfaça às políticas



Implementação
Fase em que a organização coloca um plano em ação, fornecendo os recursos e mecanismos de apoio.



Medição e avaliação
Fase em que a organização mede, monitora e avalia seu desempenho ambiental contra objetivos e alvos.



Análise critica e melhoria
Fase em que a organização realiza uma análise crítica e implementa continuamente melhorias em seu SGA para alcançar melhorias no desempenho ambiental total.




Não há exigência internacional oficial para as empresas alcançarem a certificação, porém isto não significa que não há pressão para a obtenção da certificação ISO 14001, elas são opcionais dentro das empresas. As empresas, em especial as associadas à poluição ambiental, estão entre as principais a buscar a certificação ISO 14001.

A certificação ISO 14000 tem como característica não preconizar exigências absolutas no sentido do desempenho ambiental, busca antes de tudo um compromisso, consolidado na política ambiental da empresa, de cumprir e estabelecer legislação e regulamentos para atender ao seu contexto, realizando um programa de melhorias contínuas.

Como exemplo temos que na norma ISO 14001, não temos a especificação dos quantitativos de materiais e efluentes que podem ser colocados no meio ambiente. A norma estabelece, entretanto, que a alta direção deve definir e aplicar uma política ambiental na organização de forma a assegurar que :

a) A mesma inclua um compromisso de obedecer a legislação ambiental relevante, as regulamentações e outras exigências às quais se propõe a organização" ( ISO 14000 Parágrafo 4.2 Política Ambiental ).

Em termos gerais, a ISO 14000 é a mais genérica, sendo que, como norma internacional é aplicável a qualquer organização que deseje:

a) implementar, manter e aprimorar o sistema de gestão ambiental;

b) garantir-se de que está em conformidade com a política ambiental estabelecida;

c) demonstrar tal conformidade com a política de gestão ambiental estabelecida;

d) procurar certificação/ registro do sistema de gestão ambiental de uma organização externa;

e) afirmar autodeterminação e autodeclaração de conformidade em relação à Norma Internacional ISO 14000.

As palavras “qualquer organização" podem aplicar-se a qualquer empresa ou interessado. A mesma estabelece diretamente que qualquer ente que deseje a certificação entenda que a mesma constitui-se de uma opção e não tem de forma alguma o caráter de exigência.

O interessado terá de identificar e ter acesso a exigências legais e outras a que a organização se proponha, que sejam aplicáveis a aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, pois a norma é propositalmente ampla em seu escopo.O turismo em áreas naturais, onde encontramos todos os seus derivados, trazem o desafio de comprovar que os desenvolvimentos econômicos, sociais e a questão ambiental podem interagir e gerar resultados positivos e dinâmicos.

A certificação ISO 14000 por empresas de turismo, em particular por meios de hospedagem, não é uma etapa simples e fácil, e traz consigo não somente a implantação de políticas e normas internas, mas engajamento de uma equipe, que tem a missão de permanentemente interagir com o produto, o meio ambiente e o cliente.

Este fato certamente é um grande atrativo em si, para os grupos de turistas interessados no desenvolvimento e utilização do turismo de forma sustentável. É importante considerar, porém, que não se pode sugerir que a certificação ISO 14000 seja em si a solução de todos os conflitos e expectativas.

Os grupos envolvidos com a questão ambiental, na visão de clientes, têm pregado e buscado pontos que extrapolam o alcance dos resultados positivos da ISO 14001, tais como desenvolvimento sustentável, manutenção da biodiversidade, redução do consumo exagerado, sustentação da economia local e, geralmente, prática do turismo responsável. Para as empresas e interessados na ISO 14001, temos que os resultados positivos têm a maior característica de agregar valor, não se tornando a única solução, sendo desenvolvido de forma que aumente a eficiência e o lucro (monetário e ligado a imagem do produto) . Sob a orientação adequada, a norma ISO 14000 pode ajudar as empresas a alcançarem seus objetivos.



2.2.2. Implantação de SGA conforme a norma ISO 14000




Segundo VALLE (1996:41), tendo como objetivo o aprimoramento contínuo das atividades da empresa, através de técnicas que conduzam aos melhores resultados, em harmonia com o meio ambiente, deve-se realizar e seguir normas e diretrizes mínimas a partir da política ambiental, alcançando assim o sistema de gestão ambiental:



a) Manter canal de comunicação e diálogo permanente com seus empregados e a comunidade, visando ao aperfeiçoamento de ações ambientais conjuntas.

b) Manter sistema de gestão ambiental de forma que suas atividades atendam à legislação vigente e aos padrões estabelecidos pela empresa

c) Exigir de seus fornecedores produtos e componentes com qualidade ambiental compatível com a de seus próprios produtos.

d) Educar e treinar seus funcionários para que atuem sempre de forma ambientalmente correta.

e) Desenvolver pesquisas e a adoção de novas tecnologias que reduzam os impactos ambientais e contribuam para a redução do consumo de matérias-primas, água e energia.

f) Assegurar-se de que seus resíduos são transportados corretamente e em segurança até o destino estabelecido, de acordo com as práticas ambientais reconhecidas.



Segundo RIBEIRO (1999) a norma ISO 14000 define e estabelece que:

Faz-se necessário especificar os requisitos para estabelecer uma política ambiental; Devem-se determinar os aspectos e impactos ambientais dos processos (produção, serviços, distribuição, etc);A Implementação de ações para cumprir as metas e objetivos estabelecidos;Preconiza as avaliações e ações corretivas, e quando necessário, a sua revisão.

Para tanto a organização deve preparar-se previamente, seguindo os seguintes passos:

Quadro 03 - Passos que a organização deve seguir para implantação de SGA

FASE
Descrição

Definição da Política Ambiental
Deve ser por escrito, e ser distribuídos a todos os interessados e envolvidos. Tendo com principais pontos o compromisso do cumprimento da legislação ambiental e a melhoria contínua de desempenho ambiental.

Diagnóstico Ambiental Inicial
Deve ser realizado de forma a permitir conhecer detalhadamente o estado atual da empresa.



Avaliação dos Impactos Ambientais
Dentro dos aspectos técnicos e fontes de dados existentes, formar perfil dos impactos possíveis e a extensão dos mesmos nas diversas dimensões.



Elaboração de um Programa Ambiental
Determinar estratégias, linhas de atuação e a descrição de responsabilidades que permitam à empresa alcançar os objetivos e metas ambientais definidos.

Implementação de um SGA
É o estabelecimento de um sistema de procedimentos operativos e de controle que assegurem a implantação com êxito, da política e do programa ambiental.



Realização de Auditorias Ambientais
Mecanismo de avaliação, sendo realizado através de auditorias internas periódicas, com a freqüência dependendo do grau de risco das atividades e dimensão do processo.



Estabelecimento de um Sistema de Comunicação
Imprescindível para a atualização dos processos, visando uma comunicação entre todos os interessados.









LAMPRECHT (1997) coloca que a ISO 14.000 não estabelece exigências absolutas para o desempenho ambiental, mas tão somente um compromisso (estabelecido na política ambiental da empresa) de cumprir a legislação e regulamentos aplicáveis e de realizar melhorias contínuas.




Bibliografias que recomendo:

ANDRADE, Rui Otávio Bernardes; TACHIWA, Takeshy ; D e CARVALHO, Ana Barreiros.Gestão Ambiental: Enfoque estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron , 2000.



ABREU, Dora. Sem ela, nada feito: educação ambiental e a ISO 14001. Salvador, BA: Casa da qualidade, 2000.



A QUESTAO AMBIENTAL E AS EMPRESAS. Coordenador, Newton de Castro, Arnaldo Augusto Setti, Antonio de Souza Gongonio e Sueli Correa de Farra. Brasília: Edição, 1998.



BASILIO, Carmo. Práticas de Gestão Ambiental. NPF Pesquisa e Formação; Sintra, 1999.

BERTALANFFY, L.Von . Teoria Geral dos Sistemas. 3 ed. Vozes. Petrópolis, RJ. p. 351, 1977.



CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro, 1995.



GILBERT, Michael J. ISSO 14004/ BS 7750: Sistema de gerenciamento ambiental. Revisor técnico Jerônimo Fisch. São Paulo: IMAM, 1995.



GUEVARA, Arnoldo José de Hoyos, HÖEFEEL, João Luiz, VIANNA, Rosa Maria, D´AMBROSIO, Ubiratan . Conhecimento, cidadania e meio ambiente. São Paulo: Peirópolis, 1998.



KOLB, David A. Individual Learning styles and the learning process, working papaer , nº 535-71, MIT Sloan School, 1971.



KOLB, David, Rubin, Irwin e McIntyre, James . Orgaizational psychology: an experimental approach (Pscologia organizacional: uma abordagem vivencial), Englewood Cliffs, NJ, Prentice-Hall, 1971.



LAMPRECHT, James L. Padronizando o sistema da qualidade na hotelaria mundial: como implementar a ISO 9000 e ISO 14000 em hoteis e restaurantes.Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.



PELLEGRINI FILHO, Américo. Dicionário Enciclopédia de ecologia e turismo. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2000.



Ruas, Roberto, Nakayama, Marina , Bitencourt, Cláudia , Hirota, Ercília, Becker, Grace, Streit, Clenir , Kautzman, Aristeu , Audy, Lantelme, Jorge Elvira, Andrade, Aurélio de Leão, Antonello, Claudia Simone, Ferreira, Ricardo Targa, Salinas,José Luis, Oderich,Cecília Leão , Borba, Gustavo. Competitividade Baseada no Conhecimento : a problemática do desenvolvimento de competências e a contribuição da aprendizagem organizacional - GAP - Grupo de Aprendizagem Organizacional - http://www.ea.ufrgs.br/gap/arquivo1/arquivo1.htm ( 02-nov-2002).



TIBOR, Tom. ISO 14000: um guia para as normas de gestão ambiental. Tradução, Bazán tecnologia e lingüística. São Paulo: Futura, 1996.



VALLE, Cyro Eyer do. Como se preparar para as Normas ISO 14000: qualidade ambiental: o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambiente. 3.ed.atual. São Paulo, 2000.

Futura ISO 26000

A ISO 26000 será a norma internacional de Responsabilidade Social e está prevista para ser concluída em 2010. O Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG) – responsável pela elaboração da ISO 26000 - é liderado em conjunto pelo Instituto Sueco de Normalização (SIS - Swedish Standards Institute) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim, em decisão histórica o Brasil, juntamente com a Suécia, passou a presidir de maneira compartilhada o grupo de trabalho que está construindo a norma internacional de Responsabilidade Social.


O desenvolvimento desta norma tem também sido inovador, um processo multistakeholder. O Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG) é constituído por mais de 360 experts e observadores de mais de 60 países. Os experts e observadores participam do processo de construção da ISO 26000 de duas formas – por meio de delegações nacionais ou das chamadas organizações D-liaison. As delegações nacionais são compostas pelas seguintes categorias ou partes interessadas (stakeholders) da sociedade:


• Trabalhadores;
• Consumidores;
• Indústria;
• Governo;

• ONG’s; organizações não governamentais
• Serviço, suporte e outros.



Esta última categoria engloba consultores, academia, etc. Já as organizações D-liaison são relevantes organizações internacionais ou regionais com importante atuação nos temas relativos à RS como, por exemplo: Organização Internacional do Trabalho, Global Reporting Initiative, Organização Mundial da Saúde, Consumers International, UN-Global Compact (Pacto Global da ONU);

Organization for Economic Co-operation and Development (OCDE) entre outros. Do Brasil, o Instituto Ethos de Responsabilidade Social tem participado como organização D-liaison pela Rede Interamericana de Responsabilidade Social.

O ISO/TMB WG realizou, até o presente momento, cinco reuniões que definiram as principais resoluções a respeito da ISO 26000. Seguem abaixo as principais características desta norma:


• será uma norma de diretrizes, sem propósito de certificação;
• não terá caráter de sistema de gestão;
• não reduzirá a autoridade governamental;
• será aplicável a qualquer tipo e porte de organização (empresas, governo, organizações não governamentais, etc);
• será construída com base em iniciativas já existentes (não será conflitante com tratados e convenções existentes);
• enfatizará os resultados e melhoria de desempenho;
• prescreverá maneiras de se implementar a Responsabilidade Social nas organizações;
• promoverá a sensibilização para a Responsabilidade Social;



Embora ainda em processo de construção podendo, portanto, sofrer alterações, podemos dizer que a ISO 26000 abordará como temas centrais da RS, as seguintes questões:



• Organizational Governance - Governança Organizacional
• Human rights - Direitos Humanos
• Labour practices - Práticas do Trabalho
• The environment - Meio ambiente
• Fair Operating Pratices - Práticas Leais(justas) de Operação
• Consumers issues - Questões do Consumidor
• Community involvement and development – Envolvimento e Desenvolvimento da Comunidade


Além disso, pode-se aferir que as organizações que quiserem ter um comportamento socialmente responsável deverão:



• ser responsáveis pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente;
• contribuir com o desenvolvimento sustentável, a saúde e bem estar da sociedade;
• considerar as expectativas dos seus stakeholders ;
• ter um comportamento ético e transparente;
• estar de acordo com as normas internacionais de comportamento.



Para saber mais consulte:



www.iso.org/sr
www.ethos.org.br
www.abnt.org.br
www.ethos.org.br/gtethosiso26000